quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

E agora, o que eu faço com meu filho?


Claro que é preciso deixar registrado, antes de mais nada. que eu sei que no mundo de hoje as mulheres não podem e nem querem ficar em casa cuidando dos filhos enquanto os maridos trabalham- oi? quem é que tem marido aqui? O meu? Ahh o meu está lá no sofá jogando videogame, obrigada! - e trazem o dindim pra casa, não é? Nós, mulheres mudernas e globalizadas também queremos nosso lugar ao sol na selva de pedras. Não só queremos, como PRECISAMOS dele na maioria das vezes. No entanto, quando nascem os filhos começam os dilemas e preocupações que em menor ou maior grau atingem todas as mães, pelo menos as que eu conheço: "será que eu coloco na escolinha? contrato uma babá? chamo a sogra já que ela não tem mais o que fazer e adora AJUDAR*? Ou jogo tudo pro alto e viro mãe em tempo integral?"

Depois de um primeiro contato vamos então apurar o assunto com a nossa consciência: numa escola meu filho não vai ter tanta atenção, como é que pode uma, só UMINHA professora cuidar de mais de 4 crianças ao mesmo tempo. Não, opção descartada. Já sei, uma babá! Mas de que me serve uma babá? Uma babá pode e vai espancar meu neném e depois me dizer que ele caiu no parquinho. Mas, e se for uma boa babá? Ah, pior ainda porque então ela vai  roubar o MEU, meuzinho e de mais ninguém, lugar de mãe. Decidido, babá também não. Mas, mas... ser mãe em tempo integral significa abrir mão dos meus sonhos, de tudo que eu batalhei para conseguir, de que vão servir minha faculdade, meu mestrado, meu MBA... se minha profissão passar a ser simplesmente "mãe"? Não, ser mãe em tempo integral também está fora de questão. Já sei, vou ligar para minha mãe! Péssima ideia, mãe se mete demais. E a sogra? Sim, sim, a sogra. Vou ligar agora pra ela e... calma lá, a sogra também não. Não! Onde já se viu, não bastasse ela querer me colocar contra o filinho dela (vulgo MEU marido), vai querer colocar a minha filha contra mim. Não rola! Sogra boa é sogra morta, já dizia o meu marido. O quê? Filho da ****, a sogra dele é a minha mãezinha... ah, mas quando ele chegar em casa hoje a noite, deixa ele!

* gente eu sei que é um pouco tarde, mas preciso esclarecer uma coisa por aqui, coisa aliás essencial (para a integridade do meu futuro casamento, pois para aquelas que não sabem eu ainda não sou casada, mas esse é o assunto de um outro post):  não se trata em momento algum da MINHA sogra, minha querida sogrinha que, aliás, é um anjo e me ajuda muito. 

Devaneios a parte, este é de fato um assunto muito delicado e cabe a cada família pensar na melhor solução para o seu caso, não é? Não creio que existem receitas prontas quando se trata dos nossos filhos e do bem estar da nossa família. Preciso compartilhar com vocês o nosso caso: Alice já passou por diversas fases de acordo com o que foi mais conveniente para nós e para ela, principalmente a partir do que avaliamos ser melhor para ela. Ficou com as avós até completar um ano, foi na escola até 1 ano e meio. Saiu da escola e voltou a ficar com as avós (no plural porque houve um revesamento de avós) e agora, com dois anos e meio resolvemos que está na hora de voltar para a escola. 
Sabe, eu confesso que fico um pouco triste quando penso nisso ainda, pudera termos condições (e disposição, que fique registrado) para manter ela em casa até os 5 anos ou, quem sabe, fazer que nem nos ISTAITES: a tal da home schooling!!!

Nesta segunda meu neném, que já nem é tão neném assim, até tirou as fraldas, começa na nova escolinha. Não é a escola perfeita, eu queria uma dessas Waldorf cheia de jardins, casas na árvore, aprender matemática com crochê, mas...